domingo, 27 de maio de 2012

Resenha: Viva Para Contar, Lisa Gardner

Viva Para Contar - Lisa Gardner

Skoob - Book trailer

Editora: Novo Conceito

Ano: 2012
Páginas: 480

ISBN: 97885881630168
Edição: 1

Sinopse: Na obra de suspense mais emocionante de Lisa Gardner, autora best-seller do The New York Times, a vida de Danielle Burton, Victoria Oliver e a detetive D.D. Warren se desdobra e se conecta de maneiras inesperadas. Pecados do passado são revelados e segredos assustadores mostram a força que os laços de família podem ter. Às vezes, os crimes mais devastadores são aqueles que acontecem mais perto de nós.


Resenha: Viva para contar. Ainda bem que sobrevivi ao livro para contar as impressões que eu tive sobre ele. Se pudesse descrevê-lo, usaria a seguinte expressão: Eletrizante.

Quase nenhum livro me deixou tão tensa como esse. Crianças psicóticas, cheias de traumas, algumas querendo matar a família, os amigos, outras agindo como se fossem animais, tudo isso por traumas sofridos durante a sua pequena e curta vida.

Pais que matam a própria família, que tratam mal os filhos, que os molestam, bem tudo isso e muito mais faz parte deste livro narrado por duas mulheres: Victoria e Danielle, e conta como a detetive D.D. Warren poderá interferir para que uma tragédia não chegue a se repetir.

Há quase 25 anos, a enfermeira  Danielle Burton, que trabalha em uma ala psiquiátrica que cuida de crianças, sofreu um grande trauma da qual, ela nunca mais esquecerá. Ela foi a única sobrevivente da família: seu pai, após perder o emprego, chega em casa, bêbado, e decide matar a família inteira. Sua mãe, sua irmã e irmão foram mortos, logo em seguida seu pai também morre, sobrando apenas ela para contar a história.
"'Oh Danielle! Minha pequena e bela Dani' é o que meu pai cantava. " pág 10
Victoria Oliver, é mãe do pequeno Evan, de 8 anos. Evan é um menino super ativo, tem vários problemas psicológicos, e por isso, ela não sabe quando terá que se defender do próprio filho. Às vezes seu filho é amoroso com ela, outras vezes, ele quer matá-la. Por conta disso, sua vida é limitada. Seu marido Michael, quando viu que não conseguiria mais ver o que Evan estava se tornando, foi embora e levou consigo, a outra filha do casal, Chelsea, de 6 anos de idade.
"Olho a faca enfiada em meu corpo. Olho pro meu sangue escorrendo pelo cabo, cobrindo-lhe os dedos brancos e finos, caindo sobre a almofada bege do sofá. E sinto a dor agora, queimando um ferroem brasa, estonteante. Sinto que o sangue escorre também dentro do meu corpo, se esvaindo dos órgãos vitais que acabaram de ser perfurados. [...]Eu olho para o meu filho, e faço o que qualquer mãe faria. - [...] Tudo vai ficar bem. Eu amo você. Sempre vou amar você." Pág 302
D.D. Warren é uma detetive durona, tem seus 40 e poucos anos, mas não tem família, nem namorado. Sua vida consiste em analisar os casos, desvendá-los e entrar novamente em algum outro caso, sempre competente e insistente.

Após dois assassinatos de uma duas famílias inteiras, a detetive encontra a chave que liga os assassinatos a mesma ala pediátrica que Danielle trabalha. Não é fácil ler esse livro se você tiver medo do escuro.

A autora, Lisa, descreve muito bem seus personagens, a cena em que cada um está, e até mesmo suas dores. É o primeiro livro que leio que há crianças psicóticas descritos. Não é fácil ser traumatizado desde a infância.
"Viverei com mais luz no coração. Vou continuar a trabalhar com crianças doentes. E vou me apaixonar por um homem realmente bom. Eu sou a única sobrevivente, e sobrevivi para contar esta história." Pág 478

Eu amei esse livro, descobrir sobre esse universo em que implica a conduta, a loucura e os remédio, foi intenso. Crianças de 6 anos sendo obrigadas a tomar calmantes para não atacar os próprios amigos, ou pais, foi mais intenso ainda.

Então é isso, espero que curtam muito esse livro. Eu já me interessava por esse assunto, depois desse livro me tornei fã do estilo de escrita da Lisa. Espero que venham outros livros em que a D.D. Warren possa quase nos matar de angústia.

Nota:


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