quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Parceria com a Martin Claret

Olá Pessoal! Estou muito contente, pois acabo de fechar parceria com a Editora Martin Claret!
Essa é a nossa primeira parceria, e fiquei muito feliz!
Eu já tenho vários livros da editora, com um ar mais clássico, e eu adoro!!
E claro, no próximo post, tem uma super promoção para todos, especialmente fãs de Sherlock Holmes!

Vamos conhecer um pouco mais sobre a editora?

Martin Claret
Quem Somos
 
A Editora Martin Claret foi fundada em São Paulo, no início da década de 1970, pelo empresário, editor e jornalista gaúcho Martin Claret, para publicar, em um primeiro momento, as obras do filósofo e educador brasileiro Huberto Rohden, autor mundialmente conhecido de mais de 65 obras sobre filosofia, religião, ciência e educação.
Hoje, a Editora possui aproximadamente 500 títulos em catálogo, de obras-primas da literatura universal, de filosofia, direito, política, sociologia e religião. É uma empresa editorial altamente diferenciada, operando em nichos criados pela própria empresa.
Em 1982, o fundador da Editora lançou na indústria editorial brasileira o livro-clipping (o livro montado, de vários autores), voltado para o crescimento espiritual e humano do leitor. Nesse segmento, possui atualmente 6 coleções, com mais de 150 títulos.
Outra inovação da Editora foi o livro-pocket com alta qualidade gráfica, a preços acessíveis, com a coleção A Obra-Prima de Cada Autor, cuja proposta é de 500 títulos, dos quais a editora já publicou 300 volumes. Grande parte desses títulos são recomendados ou adotados em escolas, faculdades e vestibulares.
Para que nosso leitor possa inteirar-se de nosso projeto empresarial-educacional, transcrevemos abaixo os objetivos, a filosofia e a missão da Editora Martin Claret:

Os Objetivos

O principal Objetivo da Martin Claret é continuar a desenvolver uma grande e poderosa empresa editorial brasileira, para melhor servir a seus leitores.

A Filosofia

A Filosofia de trabalho da Martin Claret consiste em criar, inovar, produzir e distribuir, sinergicamente, livros da melhor qualidade editorial e gráfica, para o maior número de leitores e por um preço economicamente acessível.

Missão

A Missão da Martin Claret é conscientizar e motivar as pessoas a desenvolver e utilizar o seu pleno potencial espiritual, mental, emocional e social.
A Martin Claret está empenhada em contribuir para a difusão da educação e da cultura, por meio da democratização do livro, usando todos os canais ortodoxos e heterodoxos de comercialização.
A Martin Claret, em sua missão empresarial, acredita na verdadeira função do livro: o livro muda as pessoas.
A Editora Martin Claret, em sua vocação educacional, deseja, por meio do livro, claretizar, otimizar e iluminar, a vida das pessoas.

Revolucione-se: leia mais para ser mais!


E vamos conhecer um lançamento da Editora?? Blog da editora



Bruxas... Algumas são más, terrivelmente más! Outras, nem tanto. E existem ainda algumas que são verdadeiras heroínas. É uma pena que só se conheçam as más. Elas foram as que ficaram mais famosas na história da humanidade, afinal, fizeram tantas coisas terríveis que é difícil de esquecer.


Mas existem também as boas. E há os feiticeiros... Quem nunca ouviu falar de Merlin, por exemplo – o mago celta que ajudou o Rei Artur?

Pois então deixe de lado o preconceito e leia esse livro. Nele, você encontrará 10 contos sobre bruxas, bruxos e seus feitiços extraordinários. São contos da cultura celta que foram recolhidos da tradição oral e recontados por Joseph Jacobs, folclorista e estudioso dos mitos e lendas britânicos. Você pode acabar descobrindo que feitiços são muito interessantes – às vezes cruéis, outras, divertidos. Mas tome cuidado! Entre um conto e outro, sem que se dê conta, você pode acabar completamente encantado.

Leia, abaixo, um dos contos do livro:
                
               
A VISÃO DE
MACCONGLINNEY


athal, rei de Munster, era um bom rei e um grande guerreiro. Mas veio habitar dentro dele uma besta maligna e sem lei, que o atormentava com uma fome insaciável a tal ponto que nunca podia ser satisfeita. E desse modo devorava pela manhã um porco, uma vaca, um novilho, três bolos completos de puro trigo e um barril de cerveja, e, em grandes banquetes, o que ele comia passava da conta e das medidas. Vivia assim havia um ano e meio, período durante o qual ele fez a ruína de Munster, e provavelmente outros seis meses seriam o bastante para arruinar toda a Irlanda.
Nessa época vivia em Armagh um sábio jovem e famoso. Seu nome era Anier MacConglinney. Ele ouviu falar da estranha doença do Rei Cathal e da abundância de comida e bebida, de carne branca, cerveja e mulso[1] de que sempre era abastecida a corte do monarca. Desde então, tinha em mente tentar a sorte e ver que ajuda podia prestar ao rei. Levantou-se de manhã bem cedo, trocou a camisa e envolveu-se em seu manto branco. Em sua mão direita tomou seu bastão bem alinhado e cheio de nós e, depois de fazer um giro por sua casa, disse adeus a seus mestres e partiu.
Viajou por toda a Irlanda, até que chegou à casa de Pichan. Aí permaneceu, contou histórias e divertiu a todos. Mas Pichan disse:
– Embora seja grande tua alegria, filho do saber, isso não me diverte.
– E por quê? – perguntou MacConglinney.
– Não sabes, ó sábio, que Cathal virá aqui esta noite com toda sua corte. E se sua corte é incômoda, a primeira refeição do rei é mais incômoda ainda; e se incômoda a primeira, mais incômoda de todas é a que faz em um grande banquete. Três coisas são necessárias para esse fim: um alqueire[2] de aveia, um alqueire de maçãs silvestres e um alqueire de trigo.
– Que recompensa você me daria se eu te protegesse do rei, desde agora até a essa mesma hora de amanhã?
– Uma ovelha branca de cada rebanho entre Carne Cork.
– Eu aceitarei – disse MacConglinney.
Cathal, o rei, veio com sua comitiva e com uma hoste dos homens de Munster. Mas Cathal não deixou os laços de seus sapatos serem afrouxados antes que começasse a suprir sua boca com as maçãs ao seu redor. Pichan e todos os homens de Munster olhavam isso com tristeza e pesar. Levantou-se então MacConglinney e pegou apressado e impaciente uma pedra usada para afiar espadas. Enfiou-a na boca e começou a triturá-la com os dentes.
– O que te faz assim louco, filho do saber? – perguntou Cathal.
– Perturba-me vê-lo comer sozinho – disse o sábio.
O rei ficou desconcertado e afastou de si as maçãs, e dizem que nos três semestres passados ele não tinha realizado um ato humano semelhante.
– Conceda-me mais um benefício – pediu MacConglinney.
– Está concedido, por minha honra – disse o rei.
– Faça jejum comigo pelo resto da noite – disse o sábio.
E assim fez o rei, ainda que isso lhe fosse aflitivo, pois tinha empenhado sua palavra real, e nenhum rei de Munster podia transgredi-la.
Pela manhã, MacConglinney pediu bacons tenros, carne em conserva, mel no favo e sal inglês em um prato trabalhado em prata. Acendeu um fogo com lenha de carvalho, sem fazer fumaça e sem estalos e chispas.
Fez espetos com porções de carne e pôs-se a trabalhar para assá-las. Depois pediu:
– Cordas, cordões e cordames aqui!
Cordas, cordões e cordames foram trazidos para ele. Veio também o mais forte dos guerreiros. Pegaram o rei, amarraram-no com firmeza e o prenderam com laçadas e presilhas. Depois de estar o rei dessa forma preso, MacConglinney sentou-se no chão diante dele, tirou a faca do cinto, cortou porções de carne dos espetos e mergulhou cada bocado no mel. Em seguida, após passar as porções diante da boca do rei, levava-as à própria boca.
Logo que viu que não receberia nada, estando em jejum há 24 horas, o rei berrou e vociferou e esbravejou, e ordenou a execução do sábio. Mas nada foi feito para atendê-lo.
– Escuta, rei de Munster – disse MacConglinney –, apareceu-me uma visão na noite passada, e eu a contarei a você.
Começou seu relato e, enquanto o fazia, pegava bocados após bocados, passava-os diante da boca de Cathal e depois levava-os à própria boca.

Um lago de leite eu vi
no meio de uma planície bela
com uma casa bem provida perto.
Seus telhados eram cremosos,
os caibros, pudins delicados,
as duas portas, manjares aromáticos,
as camas, bacons suculentos,
de queijo, suas sebes,
linguiças, suas vigas e esteios.
Era uma casa abundante de delícias.
Opulentos seus tesouros gostosos.

Tal foi a visão que tive, e uma voz sussurrava-me aos ouvidos: “Vá embora já, MacConglinney, pois você não pode come essa comida”. “Que devo fazer?”, perguntei, pois a visão daquelas delícias tinha me causado um apetite voraz. A voz mandou-me ir então ao eremitério do doutor Wizard; lá eu teria apetite para todo tipo de comida suculenta, doce e condimentada aceitável ao corpo. Lá, vi diante de mim um lago; em seu ancoradouro havia um barco feito de carne; seus bancos eram coalhada, sua proa, carne recheada de bacon, sua popa, creme, seus remos, fatias de carne. Remei pela larga extensão desse novo lago de leite, pelos mares de sopa, passei diante de fozes de rios de carne, atravessei ondas impetuosas de creme de leite espumoso, piscinas sem-fim de recheios de carne e bacons saborosos, por ilhas de queijo, por cabos de coalhadas e, por fim, alcancei a terra firme entre o Monte Cremoso e o Lago de Leite, na terra D’Antigas-Iguarias, em frente ao eremitério do doutor Wizard.
Maravilhoso, de fato, o eremitério. Em torno dele havia setecentos mourões de bacon, todos iguais, e, nos topos, em vez de espinhos, havia em cada um carne suculenta recheada de bacon. Havia um portão de creme cuja tranca era de linguiça. Vi ali um guarda, o Senhorzinho Bacon, filho de Manteiguinhas, que era filho de Lardopolo.[3] Ele calçava sandálias macias de bacon; em torno das pernas trazia meias de carne cozida; o corpo trazia uma túnica de carne em conserva; a cintura, um cinto de pele de salmão; a cabeça, um capuz de manjar branco; montava um cavalo de bacon cujas patas eram de manjares, os cascos, de pão de aveia, as orelhas, de nata, e os dois olhos, de mel; nas mãos trazia um chicote cujas cordas eram pudins maravilhosos, e a calda suculenta que escorria de cada um desses pudins podia matar a fome de um homem comum.
Entrei e encontrei o doutor Wizard; tinha nas mãos luvas de alcatra e punha ordem na casa, que ostentava, por todo lado, do teto até o chão, vísceras suspensas.
Entrei na cozinha e ali encontrei o filho do doutor Wizard, que trazia nas mãos um anzol feito de lardo, e a linha era de tutano. Ele estava pescando em um lago de soro. Nesse momento, ele pescava uma fatia de presunto, e depois pescou um filé de carne defumada. Enquanto pescava, caiu dentro do lago e quase se afogou.
No momento em que meus pés pisaram a soleira da casa, vi uma cama cremosa de brancura perfeita; sobre ela me sentei, mas me afundei até a raiz dos cabelos. Os oito homens mais fortes da casa me puxaram pelos cabelos e só com muito esforço me tiraram dali.
Então fui levado ao doutor Wizard:
– O que te aflige? – perguntou-me.
– Meu desejo é poder satisfazer minha avidez e comer o suficiente de todas essas maravilhosas iguarias do mundo que estão diante de mim. Mas infeliz que sou! Grande é meu infortúnio, pois não posso obter nenhuma delas.
– Ó céus! – disse o doutor – essa doença é preocupante. Mas levarás contigo um remédio que vai curar tua doença e te livrar para sempre desse mal.
– Qual remédio? – perguntei.
– Quando fores para casa esta noite, aqueça-te diante de um fogo com lenha de carvalho ardente. Prepara o fogo em uma lareira seca para que as brasas possam aquecer-te; o calor delas não te pode queimar, a fumaça não te pode atingir. Faz para ti trinta e seis porções, e cada porção tão grande quanto um ovo de ave do campo; em cada porção, põe oito tipos de grão, de trigo e cevada, aveia e centeio; oito tipos de ervas e, para cada erva, oito tipos de tempero. Logo que tenhas preparado tua comida, toma uma dose de bebida, uma dose minúscula, apenas a quantidade suficiente para vinte homens, seja de leite grosso, de leite amarelo de vaca recém-parida, de leite que borbulha enquanto desce pela garganta. Seja qual for a doença que tenhas, ela desaparecerá depois que tiveres feito isso. Vá agora, em nome do queijo, que te proteja o bacon suculento, que te proteja o creme espumante, que te proteja o caldeirão cheio de sopa.

Nessa altura, enquanto MacConglinney narrava sua visão, aconteceu que, com o prazer da narrativa e da descrição dessas numerosas delícias, o doce aroma das porções adoçadas assando nos espetos, a besta glutona que morava dentro do rei saiu e ficou lambendo os beiços.
MacConglinney levou dois espetos de carne aos lábios do rei, que estava ávido para saboreá-los – espeto, carne e tudo. Ele então desviou os espetos a um braço de distância do rei e a besta glutona pulou da garganta de Cathal sobre os espetos.
MacConglinney jogou-os nas chamas e virou o caldeirão da casa sobre o fogo. A casa foi esvaziada para que nem o valor de uma perna de besouro fosse deixado em seu interior, e quatro fogueiras imensas foram acesas em seus quatro cantos. Quando a casa se transformou em uma torre de chamas imensas, a besta glutona saltou para a viga do palácio; nesse ponto, desapareceu e nunca mais foi vista.
Quanto ao rei, uma cama foi preparada para ele com um acolchoado de penas; os músicos e cantores o divertiram desde o meio-dia até o pôr do sol.
Depois que se levantou, deu ao sábio estes prêmios: uma vaca e uma ovelha de cada casa e de cada herdade de Munster. Além do mais, enquanto viveu, MacConglinney é que trinchava a carne do rei e era ele quem se sentava ao seu lado direito.
Assim Cathal, rei de Munster, foi curado de seus tormentos e MacConglinney foi honrado.



[1] Bebida alcoólica preparada com mel, ervas aromáticas e água. (N. do T.)
[2] Antiga unidade de medida correspondente a 36,37 litros. (N. do T.)
[3] Na composição do nome, “lardo” é uma iguaria preparada
com carne e recheio de bacon. (N. do T.)


Um Beijo para vocês, espero que gostem! Obrigada a Martin Claret pela parceria!

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